Por determinação do Ministério de Minas e Energia, a Agência Nacional de Mineração (ANM) decidiu interditar as operações da mina Turmalina, pertencente à Jaguar Mining, em Conceição do Pará, no centro-oeste de Minas Gerais.
A interdição deveu-se a um deslizamento ocorrido em uma pilha de rejeitos, que assustou centenas de moradores da comunidade de Casquilho de Cima, nas proximidades da mina. A comunidade foi evacuada após o deslizamento, com a colaboração de autoridades, que mantêm o bloqueio em todos os acessos à área afetada pelo ocorrido. Segundo a Jaguar Mining, 134 pessoas foram realocadas para hotéis da região ou em casas de parentes.
De acordo com a ANM, o incidente ocorreu às 7hs da manhã do sábado, 7 de dezembro, com o deslocamento de parte do material da pilha de rejeitos/estéril sólidos Satinoco, da mina Turmalina, o que provocou o rompimento parcial da estrutura.
"Um posto de abastecimento de combustível da mina foi parcialmente atingido. Apesar do impacto, os tanques permanecem intactos, conforme relato da empresa, e há um estudo para o esvaziamento seguro dos tanques, que comportam aproximadamente 15.000 litros de diesel. Além do posto, foi atingido um tanque de emulsão, contendo 43 m³ de emulsão, a princípio inerte, utilizado para atividades de mineração. Os tanques também foram preservados, de acordo com a empresa", afirma a ANM em comunicado.
Após vistoria pela equipe de fiscalização da ANM, que identificou risco iminente para a segurança da estrutura, da comunidade e do meio ambiente, foi determinada a interdição e a suspensão imediata de todas as atividades do empreendimento. "Caberá à empresa providenciar todas as ações necessárias para estabilidade da pilha, segurança da mina, comunidade de entorno e meio ambiente. As ações incluem monitoramento da pilha e da mina subterrânea, obra para estabilização, ações de controle com meio ambiente e proteção da comunidade envolvida, dentre outras atividades a serem informadas no plano de ação da empresa", informa a ANM, acrescentando que a barragem Turmalina, que se encontra a 250 metros de uma das faces da pilha, não foi afetada.